Imaginando Outros Amanhãs: A Inteligência Artificial à Luz dos Saberes Ancestrais
A UNIVERSIDADE NÔMADE, em parceria com a CASA DOS SABERES, convida você para uma roda de conversa

“Quando falamos de ancestralidade, estamos falando de uma anterioridade, que se manifesta de duas formas: no sentido cosmológico e no sentido das coletividades. No sentido cosmológico, a anterioridade é esse olhar para a essência, algo que é atravessado pelo espaço-tempo, mas não limitado por ele. Há diversas narrativas sobre essas anterioridades. Quando essas narrativas se pretendem verdades absolutas, se tornam fundamentalismos. Mas quando se transmitem como saberes, como convites para compreender o mundo, elas são cosmovisões. As cosmovisões têm um potencial profundamente inclusivo e integrador. O fundamentalismo, ao contrário, carrega um potencial exclusivo e desintegrador. Já no sentido das coletividades, a ancestralidade é o registro simbólico dessas cosmovisões. Ela vive nas artes, nas religiões, nas religiosidades, nas crenças, nas músicas, nos mitos... em tantas expressões humanas. E um pedacinho disso tudo é a tecnologia. Mas essa fatia, que é a tecnologia, cresceu de forma desproporcional. Ganhou proporções desequilibradas para a vida no planeta. O novo potencializador dos impulsos humanos é a Inteligência Artificial. É sobre isso, sobre essa balança, essa desarmonia e esse convite a reequilibrar que conversaremos.”
pablo